domingo, 19 de outubro de 2014

40 coisas antes dos 40

E chegou o grande dia! Fiz aniversario: 39 anos e vi que ele se aproxima rapidamente: os entas, o famoso 40, a idade da loba... Oi? Confesso que estou um pouco encanada em fazer 40. Este blog é um exemplo de que necessito escrever para não esquecer as coisas bacanas que acontecem comigo e também para tentar fazer algo diferente, algo que signifique para mim uma ruptura de que ter 40 não significa ser uma senhora (que eu pensava quando tinha 18 anos) vestindo roupa de seda.
Também acredito que ter uma lista de coisas que tenho que fazer, faz com que eu pense "fora da caixinha" e quando reclamar de um dia mais chato no trabalho, do transito, da fila do quilo, do atendente da loja, da tempo de São Paulo, entre outros, eu pense que antes de reclamar eu tenho mais  o que fazer, ou seja, realizar as 40 coisas antes dos 40!
E vamos a lista (que já aviso não muda o mundo e não tem nenhum pretensão filosófica) que foi criada para eu me divertir mesmo:

1) Escrever um blog. Check!
2) Fazer uma viagem sozinha com $$$.
3) Voltar a Londres mais uma vez.
4) Tomar o chá das 5 (em Londres de preferência).
5) Visitar a Guiness Storehouse em Dublin.
6) Visitar a Wychwood Brewery - casa da minha cerveja favorita Hobgoblin. Fica em Witney, Oxfordshire (como chegarei lá???)

7) Visitar o túmulo do Ian Curtis. Fica em Macclesfield perto de Manchester (me julguem).
8) Fazer um tour do rock em Manchester.
9) Beber uma pint em um pub, comendo fish and chips em horário comercial (isto significa tipo quinta-feira as 15h00).
10) Falar inglês como um local (ok pode ser que não seja assim tão fácil).
11) Comer em restaurante com estrelas Michelin (pode ser uma).
12) Fazer as tatuagens que estão na lista (de tatuagens) faz tempo.
13) Fazer uma atividade física (isso merece um post longo).
14) Andar mais de bicicleta (tirar a coitada da poeira).
15) Fazer uma coisa inusitada com o meu filho.
16) Experimentar algo que nunca comi.
17) Ler 40 livros (bom serão menos livros. Como disse um amigo, se eu for ler todos esses livros em um ano não terei tempo para fazer o resto da lista).
18) Aprender a fazer origami.
19) Viajar um final de semana com os meus pais e com o meu irmão.
20) Aprender a falar espanhol.
21) Ir ao máximo de shows das minhas bandas favoritas que eu puder.
22) Visitar Aparecida do Norte.
23) Fazer a visita guiada no Cemitério da Consolação.
24) Comer o sanduíche de pernil do Bar Estadão.
25) Fazer um piquenique no Ibirapuera.
26) Subir ao topo do  prédio do Banespa.
27) Fazer um tour no centro de São Paulo com alguém que nunca foi.
28) Fazer um curso de degustação de cerveja.
29) Fazer um curso de degustação de vinho (depois ir para o AA).
30) Realizar um trabalho social bacana.
31) Fazer uma aula de dança que eu goste muito.
32) Visitar minha amiga Adriana em Visconde de Mauá.
33) Rever e tomar um chopp com pessoas que significam muito para mim mas não vejo a muito tempo.
34) Ter o final de semana romântico com o maridão (visto que queimei as férias nos primeiros itens da lista).
35) Cozinhar 10 pratos diferentes seguindo os 200 livros de receita que eu tenho em casa.
36) Fazer uma festa de confraternização de minha antiga republica.
37) Visitar Araraquara com a minha família.
38) Assistir ao jogo do Corinthias no Itaquerão com o meu filho e meu irmão.
39) Ficar linda para encarar os 40!!
40) Fazer uma festa de arromba para comemorar os 40!

Bom, a lista mistura coisas simples e outras que realizarei no mês sabático na Inglaterra. Envolvem também conhecer melhor a cidade que eu moro, conviver com as pessoas que eu gosto e fazer coisas que a muito tempo tenho vontade mas que a falta de tempo sempre faz com que sejam adiadas. 
Assim em uma lista me proponho a partir de hoje a realiza-las e escrever aqui, através de um compromisso publico com a web, as experiências (bem sucedidas ou não) desta aventura de um ano.
Aguardem!!

quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Caminhar é preciso

Eu tive uma infância nos anos 80 em que qualquer criança que soubesse minimamente o que era carro, falava que o sonho era ter um Gol GTI.
Gol GTI atualmente
Fonte
bizarricesautomotivas.blogspot.com
Passado o tempo, percebi que carro era o maior simbolo de sua independência da adolescência e também o famoso presente (para quem podia) para quem entrava na universidade. Todo mundo queria um carro. Todo mundo PRECISAVA tirar carta e ter um carro.
Meu pai não me ensinou a dirigir e muito menos me deixava tentar aprender. Isso só seria feito com 18 anos na auto escola (PAI você é meu herói e meu exemplo, e hoje acho que é isso mesmo). Pedalava muito e ia para todos os lugares de bicicleta.
Quando estava em Araraquara, e fiz 18 entrei na auto escola Brasília (pela minha pesquisa no oraculo ela ainda existe) e aprendi a dirigir em uma brasília branca.
Brasília orfã
Fiz 200 aulas e ainda por cima fui reprovada na primeira prova justamente na garagem de ré. Decepção, choro, agonia!!! Fiz a prova novamente e passei. Sem corrupção (controles internos na veia) e sem pular etapas.
Dirigia uma Belina gigantesca do meu pai até o dia em que subi em um monte de saibro (pesquisem) e atolei o carro em minha própria garagem. Papis achou que era melhor eu ter um carro pequeno e ganhei um Uno 90 usado vermelho : Tomatinho (eis que vc se lembra que tem um foto para posteridade).

Tomatinho que saudade!!
Muitas aventuras minha companheiras de Republica e eu vivemos com ele (nada digno de comentário na rede mundial) e ele me acompanhou em Sampa até ser trocado (snif:() por um palio vermelho que depois foi trocado por uma Strada vermelha (esta até hoje como carro do sitio do meu pai). Dirigi muito, demais, para todos os lugares de São Paulo. Já dirigi até no Mato Grosso!!
E cá estou divagando para dizer que hoje não tenho um carro somente meu. Temos um carro da família que fica com meu marido e eu sou uma caminhante.
O que era status, agora é fardo. Claro que acho lindo um Land Rover Evoque e só. Sou caroneira, adoro taxis e curto andar no coletivo.
Mas o que me deixa mais feliz ultimamente e poder usufruir da caminhada em todos os sentidos: escola do meu filho, manicure, supermercado, padaria, açougue, lojinhas, livraria, cinema e até shopping. Morando em um bairro acessível, me sinto estranha em ter que "pegar o carro".
Meu trabalho fica a exatos 4 quilômetros de casa o que me permitia voltar a pé. Permitia porque a ultima vez que estava feliz da vida caminhando, cai em um buraco. E botinha no pé:


Apesar de ter melhorado, ainda não voltei as caminhadas de volta do trabalho. Mas não estou desanimada, muito pelo contrario, estou cada vez mais empolgada em deixar o carro de lado. Falando seriamente, não tenho mais paciência nem vontade em dirigir.
Mesmo que ser caminhante em Sampa exige, não menos concentração que na direção, visto que a chance de ser atropelado até mesmo na própria calçada é grande.
Para doutrinar os motoristas impacientes criei até uma tática que eu mesmo batizei de Abbey Road: chego na faixa de pedestres, faço o movimento de parada com a mão (está na cartilha da prefeitura) e me jogo mas ando bem bem bem devagar (somente façam isso sozinhos, sem filhos ou idosos juntos)  e as vezes encaro o motorista com um olhar de ameaça. Sim, faço isso para criar uma cultura de pedestre no cidadão motorizado. Claro que posso morrer mas não se preocupem, não faço em cruzamentos suicidas (tipo o da frente da firma).


E minha próxima empreitada: usufruir das novas ciclovias SOU A FAVOR DAS CICLOVIAS EM SÃO PAULO. Obrigada!
E ai alguém me dá um carona da próxima vez?