Gol GTI atualmente Fonte: |
Meu pai não me ensinou a dirigir e muito menos me deixava tentar aprender. Isso só seria feito com 18 anos na auto escola (PAI você é meu herói e meu exemplo, e hoje acho que é isso mesmo). Pedalava muito e ia para todos os lugares de bicicleta.
Quando estava em Araraquara, e fiz 18 entrei na auto escola Brasília (pela minha pesquisa no oraculo ela ainda existe) e aprendi a dirigir em uma brasília branca.
Brasília orfã |
Dirigia uma Belina gigantesca do meu pai até o dia em que subi em um monte de saibro (pesquisem) e atolei o carro em minha própria garagem. Papis achou que era melhor eu ter um carro pequeno e ganhei um Uno 90 usado vermelho : Tomatinho (eis que vc se lembra que tem um foto para posteridade).
Tomatinho que saudade!! |
E cá estou divagando para dizer que hoje não tenho um carro somente meu. Temos um carro da família que fica com meu marido e eu sou uma caminhante.
O que era status, agora é fardo. Claro que acho lindo um Land Rover Evoque e só. Sou caroneira, adoro taxis e curto andar no coletivo.
Mas o que me deixa mais feliz ultimamente e poder usufruir da caminhada em todos os sentidos: escola do meu filho, manicure, supermercado, padaria, açougue, lojinhas, livraria, cinema e até shopping. Morando em um bairro acessível, me sinto estranha em ter que "pegar o carro".
Meu trabalho fica a exatos 4 quilômetros de casa o que me permitia voltar a pé. Permitia porque a ultima vez que estava feliz da vida caminhando, cai em um buraco. E botinha no pé:
Apesar de ter melhorado, ainda não voltei as caminhadas de volta do trabalho. Mas não estou desanimada, muito pelo contrario, estou cada vez mais empolgada em deixar o carro de lado. Falando seriamente, não tenho mais paciência nem vontade em dirigir.
Mesmo que ser caminhante em Sampa exige, não menos concentração que na direção, visto que a chance de ser atropelado até mesmo na própria calçada é grande.
Para doutrinar os motoristas impacientes criei até uma tática que eu mesmo batizei de Abbey Road: chego na faixa de pedestres, faço o movimento de parada com a mão (está na cartilha da prefeitura) e me jogo mas ando bem bem bem devagar (somente façam isso sozinhos, sem filhos ou idosos juntos) e as vezes encaro o motorista com um olhar de ameaça. Sim, faço isso para criar uma cultura de pedestre no cidadão motorizado. Claro que posso morrer mas não se preocupem, não faço em cruzamentos suicidas (tipo o da frente da firma).
E ai alguém me dá um carona da próxima vez?
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